1. PORQUE ELES CHORAM TÃO ALTO?
Por dois motivos: dor e medo. Ao nascer, os filhotes de mamíferos encaram um doloroso desafio: passar da respiração líquida, através do cordão umbilical, para a pulmonar. E o medo que vem com estímulos desconhecidos, como a luz e o frio.
A frequência média do choro dos bebê pode chegar a 110 decibéis, tão alto quanto uma buzina de carro e quase o dobro do barulho de um aspirador de pó (cerca de 60db). Tão alto que em apenas 30 minutos já pode causar danos à audição de um adulto.
A frequência média do choro dos bebê pode chegar a 110 decibéis, tão alto quanto uma buzina de carro e quase o dobro do barulho de um aspirador de pó (cerca de 60db). Tão alto que em apenas 30 minutos já pode causar danos à audição de um adulto.
2. QUANDO DESENVOLVEM A NOÇÃO DE TEMPO?
As crianças demoram até por volta dos 4 anos de idade para ganhar essa percepção bem definida de ontem, hoje e amanhã que você tem. Mas não que eles nasçam sem memória. Desde os primeiros meses de vida, já têm memória de reconhecimento social: aquela capacidade de identificar pessoase objetos já vistos antes, como o rosto da mãe ou da Galinha Pintadinha. Também podem reconhecer vozes e sons que já ouviam desde o útero. Entre seis meses e um ano, desenvolvem a mmória de curto prazo, que permite lembrar de fatos que aconteceram em um breve espaço de tempo – como quando ele tentava engatinhar e caía. Podem até se lembrar e imitar aquela careta que você fez uma semana atrás. Já a memória de longo prazo, que vai reter informações mais complexas, como nome de objetos e onde fica seu quarto, só começa a ser construída depois do primeiro ano. É quando regiões do cérebro responsáveis por elas, como o hipocampo, começam a amadurecer.
3. POR QUE SÃO TÃO FOFOS?
Aquelas características que te fazem querer apertar um bebê são comuns a todos os mamíferos . As feições arredondadas e a maior distribuição de gordura corporal são símbolos que ajudam os adultos a reconhecer instintivamente que aquele ser é um filhote, incapaz de fazer-lhes mal, e que precisa de proteção. Confesse: você cairia na dele direitinho…
4. O QUE DIABOS É O ATTACHMENT PARENTING?
A atriz January Jones, do seriado Mad Man, comeu a placenta depois do parto. Mayim Bialik, de The Big Bang Theory, amamenta o filho de três anos. Angelina Jolie dorme com suas seis crianças na mesma cama. Em comum, as notícias apontavam a mesma filosofia – o tal Attachment Parenting, um método de criação de filhos, chamado em português de “criação com apego”. Proposta em 1951 pelo psiquiatra John Bowlby, se baseia na hipótese de que os laços com os pais nos primeiros anos têm influência por toda a vida. Uma criança que cresce sem esse contato próximo teria mais tendência à depressão e dificuldades de relacionamento. Antes de ganhar suas vertentes mais radicais e atingir o mundo das celebridades, a teoria ajudou a derrubar teses como a de que deixar a criança chorando sozinha a tornaria mais independente e de que o recém-nascido não deveria ficar no mesmo quarto de hospital que a mãe.
5. COMO ENXERGAM QUANDO NASCEM?
Apenas claro ou escuro, borrões de luz ou tons de cinza: é assim que o recém-nascido vê o mundo. Ao contrário de outros mamíferos, como os cães, que nascem completamente cegos, nossos filhotes chegam com os olhos bem abertos. Mas, no início da vida, são incapazes de reconhecer formas porque ainda não há memória na retina. É como se eles viessem com um filme em branco na cabeça, que precisa ser preenchido aos poucos. Ao final do primeiro mês de vida, já conseguem distinguir o rosto da mãe e acompanhar o movimento de objetos. A partir dessa época, também já podem distinguir cores primárias – vermelho, verde e azul.
6. O QUE É A SÍNDROME DA MORTE SÚBITA?
Nessa síndrome de nome assustador, o bebê simplesmente para de respirar no berço. Apesar de ser a principal causa de morte em bebês de menos de um ano, os médicos ainda não sabem exatamente por que ela acontece. Suspeitam que o cérebro da criança ainda seja imaturo para perceber condições respiratórias ruins ou de um problema cardíaco não detectado. Mas já sabem como evitá-la: é só colocar o bebê para dormir de costas, usar colchões firmes e lençóis sempre presos ao colchão e não fumar perto do bebê. E tem mais: a famigerada chupeta, apesar de controversa, também ajuda na prevenção.
(Esse material pertence à Revista Super Interessante, da Editora Abril S.A)
P.S. – Nessa última resposta, tenho a adicionar, por incentivo da pediatra da minha filha, Dra. Lucia Goshi, que é preciso MUITO cuidado com os protetores de berço. Eu tirei o da Laura logo que ela me alertou que, se o bebê se movimenta até encostar o rosto no protetor e, por conta do seu pouco tempo de vida, não consegue ainda virar ou não sabe como se afastar do protetor almofadado, ele pode sufocar. Eu deixei sem até que a Laura tivesse mais de um ano, quando ela já rola, se afasta, anda e etc… Até porque o meu era muito fofo, estilo americano. No Brasil existem muitos bem fininhos que apresentam menos riscos. Por via das dúvidas, deixei sem e a Laura nunca se machucou por causa disso. Eles não têm força suficiente para se machucar só por se mexer no berço, o “bater” o braço e outras partes do corpo na grade do mesmo.